A Celeste Olímpica que todos querem ver

26 de jun. de 2010

O Uruguai parece ter feito renascer sua grandeza e tradição no futebol mundial. Neste sábado, a equipe, mostrando a raça e determinação que lhes é peculiar, bateram a Coréia do Sul por 2x1, em Porto Elizabeth. A Celeste volta a ganhar força, mostrou que sua camisa ainda tem peso e que deve ser temida pelos adversários. A última vez em que os uruguaios chegaram às oitavas de final foi em 1990, mas a última vez em que disputaram as quartas foi em 1970, na Copa do México, vencida pelo Brasil.Luís Suarez foi o responsável pelos 2 gols celestes e pela classificação à próxima fase.

Logo no início do jogo, a Coréia do Sul assustou o goleiro uruguaio, Muslera. Park Ji Sung recebeu uma falta de Maxi Pereira. Park Ju Song cobrou e a bola caprichosamente bateu na trave direita de Muslera. Porém, o Uruguai estava ligado na partida e logo aos 7 minutos chegou à seu primeiro gol. Após um cruzamento de Forlán, o goleiro sul-coreano mostrou que não é muito confiável, espalmou a bola muito mal, nos pés do artilheiro Suárez, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes.

O gol uruguaio, nitidamente, abalou os sul-coreanos, que começaram a erras muitos passes, sem conseguir passar pela forte defesa celeste. Os asiáticos só foram chegar ao gol de Muslera por volta dos 35 minutos. Já no final da primeira etapa, um lance polêmico marcou a partida, em um contra-golpe puxado por Forlán, Maxi Pereia ariscou um arremate de fora da área, mas o zagueiro Ki Sung Yueng, desviou a trajetória da bola com a mão. Porém, o árbitro alemão Wolfgang Stark ignorou a penalidade, que poderia resultar no segundo tento celeste.

Para a etapa complementar, o treinador uruguaio Óscar Tabárez sacou Godín e colocou Vitorino. Entretanto, foi a Coréia do Sul que tomou as iniciativas. Em menos de 5 minutos, os sul-coreanos desperdiçavam uma chance nítida de gol. O técnico da Coréia, percebendo que sua equipe poderia empatar a partida, colocou mais um atacante no time. Com muita correria, e não deixando o Uruguai sequer dominar a bola, os asiáticos foram amadurecendo seu gol, com muitas chances desperdiçadas.

Os uruguaios desarmavam os sul-coreanos, mas não conseguiam sair jogando. Foi aos 23 minutos que, após um bom cruzamento pela esquerda e uma falha do goleiro Muslera, Lee Chung Yong, dividindo com o zagueiro Lugano, cabeceou para o fundo do barbante, era o empate dos “Guerreiros Taeguk”. Após sofrer o gol de empate, a Seleção Uruguaia percebeu que não poderia ficar recuada como antes, mesmo porque o resultado não lhes era favorável.

A raça uruguaia e o peso da camisa celeste começaram a aflorar nos jogadores sul-americanos. O Uruguai passou a sufocar os sul-coreanos. Suárez, aos 30 minutos da segunda etapa, após uma bela jogada individual, no bico da grande área, após de desvincilhar dos zagueiros, arrematou com muita categoria ao gol de Jung Sung Ryong , que nada pôde fazer. A festa uruguaia estava armada em Porto Elisabeth. Até o final da partida, os uruguaios foram segurando o resultado com muita determinação e suor.

O Uruguai foi ganhando força aos poucos, conforme as partidas que foram disputando. O técnico Óscar Tabárez sabe armar muito bem sua equipe, e hoje mostrou que pode deixar de lado a característica defensiva da Celeste. Se o Uruguai atuar com essa determinação e postura da segunda metade da segunda etapa, pode ser elencado como um dos favoritos ao título, e um difícil adversário a ser batido. Após 40 anos, o Uruguai chega às quartas de final, com toda sua tradição de bi-campeão mundial.

Por Luiz Nascimento.
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