Saudações, povo que lê o Paradoxos! Esse é meu post inicial por aqui, e como diz o meu perfil, gosto de analisar o futebol de outra maneira: ressalto os interesses, quase sempre obscuros, nos bastidores do mundo da bola. E, não poderia deixar de falar do mais recente acontecimento nesse sentido: a construção de um estádio corintiano para receber jogos da Copa do Mundo de 2014.Após indefinição por parte das autoridades responsáveis (?), finalmente, a participação da maior metrópole do país foi decidida. O que levou a essa demora? Incompetência, descaso ou irresponsabilidade? Mas, enfim, passados esses percalços vem outra preocupação: não haverá, mesmo, dinheiro público envolvido nessa construção?
Sabe-se que é uma empreitada cara. Tenho lá minhas dúvidas se somente a iniciativa privada vai entrar com dinheiro no projeto. Afinal de contas, o estádio não é de interesse público e será, terminado o evento, usado por uma instituição particular.
No caso de um acontecimento gigantesco como a Copa, o Estado só deve cuidar da parte infraestrutural (providenciar transporte rápido, com a construção de metrôs e aeroportos, por exemplo). Contudo, é absurdo pensar que essas melhorias - as quais serão utilizadas por usuários comuns- só são “concedidas” por causa da Copa. Deveria ser o contrário. O que se faz necessário de infraestrutura urbana precisava ser criado pensando primeiro no povo e não em eventos passageiros.

Mas devemos ficar de sobreaviso e, enquanto jornalistas, eleitores e cidadãos, fiscalizar as autoridades, cobrando transparência no trato do dinheiro usado nas obras para a Copa do Mundo de 2014. Pois um evento futebolístico não pode ser (mais um) pretexto para se enfiar a mão no bolso do povo. E em ano eleitoral, vale tudo na conquista de popularidade junto ao eleitorado.
Com a indispensável ajuda do presidente Lula, seu clube do coração conseguiu que a Odebrecht assumisse o projeto de construir um estádio em Itaquera, área com acesso já facilitado pela existência de uma estação de metrô.
Como se sabe, exigências da Fifa, a entidade máxima do futebol, encareceram o projeto de reforma do Morumbi. Diante da acertada resistência dos governantes paulistas a investir dinheiro público na obra, o tradicional estádio, que pertence ao São Paulo F.C., foi vetado pelos organizadores.
O fato de a alternativa encontrada ser a construção de uma arena privada, com recursos próprios, não exclui a necessidade de vigilância pública e de transparência da empreiteira e do clube, visto que o financiamento virá, com juros camaradas, do BNDES. Além disso, como revelou esta Folha na edição de ontem, a isenção total de impostos em serviços e compra de materiais de construção para estádios da Copa representará cerca de 20% dos custos da obra.
Clique aqui para ler na íntegra (disponível somente para assinantes)
As imagens do futuro estádio do Corinthians foram divulgadas pelo Fantástico com autorização da equipe.
Sabe-se que é uma empreitada cara. Tenho lá minhas dúvidas se somente a iniciativa privada vai entrar com dinheiro no projeto. Afinal de contas, o estádio não é de interesse público e será, terminado o evento, usado por uma instituição particular.
No caso de um acontecimento gigantesco como a Copa, o Estado só deve cuidar da parte infraestrutural (providenciar transporte rápido, com a construção de metrôs e aeroportos, por exemplo). Contudo, é absurdo pensar que essas melhorias - as quais serão utilizadas por usuários comuns- só são “concedidas” por causa da Copa. Deveria ser o contrário. O que se faz necessário de infraestrutura urbana precisava ser criado pensando primeiro no povo e não em eventos passageiros.

Mas devemos ficar de sobreaviso e, enquanto jornalistas, eleitores e cidadãos, fiscalizar as autoridades, cobrando transparência no trato do dinheiro usado nas obras para a Copa do Mundo de 2014. Pois um evento futebolístico não pode ser (mais um) pretexto para se enfiar a mão no bolso do povo. E em ano eleitoral, vale tudo na conquista de popularidade junto ao eleitorado.
A Copa em Itaquera
Da Folha
Com a indispensável ajuda do presidente Lula, seu clube do coração conseguiu que a Odebrecht assumisse o projeto de construir um estádio em Itaquera, área com acesso já facilitado pela existência de uma estação de metrô.
Como se sabe, exigências da Fifa, a entidade máxima do futebol, encareceram o projeto de reforma do Morumbi. Diante da acertada resistência dos governantes paulistas a investir dinheiro público na obra, o tradicional estádio, que pertence ao São Paulo F.C., foi vetado pelos organizadores.
O fato de a alternativa encontrada ser a construção de uma arena privada, com recursos próprios, não exclui a necessidade de vigilância pública e de transparência da empreiteira e do clube, visto que o financiamento virá, com juros camaradas, do BNDES. Além disso, como revelou esta Folha na edição de ontem, a isenção total de impostos em serviços e compra de materiais de construção para estádios da Copa representará cerca de 20% dos custos da obra.
Clique aqui para ler na íntegra (disponível somente para assinantes)
As imagens do futuro estádio do Corinthians foram divulgadas pelo Fantástico com autorização da equipe.
Estamos em novo endereço:
http://www.paradoxosdabola.com
2 comentários:
Belo post e bem vindo Diego. Só uma coisa: o Lula queria que fosse o Morumbi o estádio de São Paulo. Tanto que na festa do centenário ele nem comentou sobre o "Fielzão".
Abraçoss
Rapaz, muito legal a sua participação.
Bem vindo! ;D
Abraços,
Dolce.
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