A promoção tem que acabar

20 de out. de 2010


Futebolísticos de todas as nações,

no post de hoje vou tratar de um assunto delicado, e já aceito de partida as possíveis críticas positivas e/ou negativas.
Analisando o cenário do futebol brasileiro, me chamou atenção a quantidade de bons jogadores que possuímos nos país. Não aqueles craques fora de série, mas bons jogadores, que muitas vezes não possuem o valor merecido.
O Jonas, por exemplo, atacante do imortal tricolor gaúcho. Um atacante completo que nos últimos treze jogos marcou doze gols; e ainda sim é estudado como um possível "contrato longo de risco" para o clube.
Agora me diz, qual é a diferença entre o Pedro do Barcelona, por exemplo, e o Jonas? Além, é claro, de o Pedro ser europeu, o que já valoriza o próprio antes mesmo de tocar na bola. Não tem diferença alguma em quesitos de importância! O Jonas, inclusive, disputa um campeonato bem mais dificil que a jóia espanhola.
O atacante brasileiro joga em campos terríveis, contra equipes competitivas, e arrisco a dizer, até mais competitivas que as equipes do segundo pelotão espanhol. Vou tentar facilitar minha linha de raciocínio. Eu cogito apostar que o Atlético-GO ganharia um confronto de ida-volta contra o Athetic Bilbao, por exemplo.
Costumo dizer que nós brasileiros temos a feia mania de supervalorizar tudo o que é de fora, inclusive jogadores medianos, e times mais medianos ainda.
Outro exemplo claríssimo, o Xabi Alonso foi contratado pelo poderoso Real Madrid por 20 milhões de euros. Qual é a superioridade do espanhol em relação ao Elias? NÃO EXISTE. Eles são parecidos, e até mesmo comparáveis.

Esse post tem o intuito de reflexão para com a noção de valor futebolístico que nós brasileiros aplicamos ao nosso próprio.
O Neymar é melhor que o Rooney, o Jonas é melhor que o Pedro, o Elias é melhor que o Gourcuff, o Réver é melhor que o Piqué. Vamos parar com o pensamento colôno que nos foi implantado.
O brasileiro é bom demais, e todos nos mundo sabem disso. Precisamos nos valorizar para que os europeus parem de vir aqui comprar nossas jóias (eles sabem o real valor) por preços RÍDICULOS, comparados aos pagos por jogadores europeus. O Brasil não é mais um "outlet" de jogadores. Dos melhores jogadores.

Por último, só lembrarei que esse post não é do tipo revoltado e anti-europeu. Só gostaria que nos valorizássemos mais, na verdade, o que realmente é digno para o país que forma Gansos e Neymars todos os dias, em campos de terra batida.

9 comentários:

Gabriel Mariusso disse...

Gi! tá mandando muito brother. Concordo plenamente, muitos jogadores aceitam serem vendidos por preço de banana, mais o fato é a valorização que o clube dá a ele. O clube não dá suporte e nem promessas futuras, como os espanhóis com suas jóias por exemplo! Ótimo texto, continua escrevendo, que eu lerei todos. Sou apaixonado pela esfera.

Luiz Nascimento disse...

A verdade é que no Brasil ainda não temos uma gestão profissional do futebol. Na esmagadora maioria das vezes, quem cuida do futebol de um clube é um torcedor cheio da grana e que foi se metendo na política do time até chegar lá.

Os responsáveis pelo Departamento de Futebol da maioria dos times não entendem nada de bola, isso é fato. Muitas vezes deixam garotos muito bons saírem pro exterior sem antes chegar ao profissional pois não têm visão de futuro. Ou então vendem o cara na primeira oportunidade que aparece, antes mesmo de deixar o cara amadurecer no time, quem entende sabe que renderá bons frutos.

O caso do Jonas é clássico, saiu do Guaraní a preço de banana para o Santos. Por lá, apesar de ter jogado bem, foi rejeitado e não olharam para ele como deviam, até que foi parar no Grêmio. Mas ele é do Grêmio desde 2007, nunca confiaram no cara, sempre foi segunda opção.

Para se ter uma ideia, em 2008 ele disputou a Série A emprestado à Portuguesa e comeu a bola, o cara matou a pau no Canindé. O Grêmio ainda assim não confiava no cara, ofereceram o Jonas em torca do Edno para você ver a (falta de) visão de futebol dos caras. E o pior de tudo: a Lusa rejeitou. Ficou um ano encostado no Grêmio para agora sim ter oportunidade e mostrar que é craque.

Não adianta, enquanto nosso futebol não se profissionalizar, não conseguirá se impor frente aos europeus. Tempo pra isso o Brasil já teve de sobra, mas por aqui tudo é amador no que se refere ao futebol, exceto a qualidade dos jogadores.

Belo post, cara!!
Saudações Lusitanas!!

Guilherme disse...

Pô, finalmente alguém pelo menos traduziu em texto o que eu já penso há uns bons anos...

Essa valorização tamanha do futebol europeu, ao menos pra mim, é BEM exagerada... tem muitos jogadores lá que não amarram a chuteira de ótimos jogadores que existem aqui e na Argentina também, que sempre revela e revelou grandes craques, Maradona, Batigol, Riquelme, Verón e mais recentemente o Lionel Messi...

abraço!!!

Unknown disse...

Concordo com você Gigio, acrescento que devemos nos valorizar mais. Não somente no futebol, mas em tudo. Temos o péssimo hábito de achar tudo o que vem do exterior melhor do que o nacional. Isso fica evidente na forma como tratamos o futebol, a música, a língua e a nossa cultura. Belo post!!!

Unknown disse...

Se mata...post mais ridículo que eu já li sobre futebol nos últimos tempos

Unknown disse...

Rever é tão melhor que o Piqué que não aguentou 1 ano de Wolfsburg, uma das piores defesas da Bundesliga. O dia que algum jogador do futebol brasileiro for capaz de fazer os lançamentos precisos de 30m que o Xabi Alonso executa, volte para os anos 70 e cite o Falcão. Neymar é ainda um projeto de craque, cai cai que precisa evoluir muita coisa...pode ser um dia melhor que o Rooney, mas hoje é brincadeira afirmar isso. E por aí vai

Equipe Paradoxos disse...

Rodrigo, as críticas são sempre bem vindas, mesmo aquelas com tendências suicidas. Mas, terei de apontar um aspecto: você discorda das comparações feitas, porém comparou o Xabi Alonso com o Falcão ?! É como eu sempre digo, cada um tem sua própria opinião.

Unknown disse...

Comparei os lançamentos do Falcão com os do Xabi Alonso, e não o futebol de ambos como um todo.

Matheus Raphaelli. disse...

Grande texto gi,na moral.
O Rodrigo, pq não se auto submerge nessa cabecinha de subordinado?

Postar um comentário

 
Paradoxos da Bola | by TNB ©2010