Especial Paulistão Parte 12 - São Paulo

12 de jan. de 2011


Com 17 milhões de torcedores, o São Paulo Futebol Clube foi fundado no dia 16 de dezembro de 1935 e tem 75 anos de histórias e 21 títulos paulistas no currículo. É o terceiro maior vencedor do Paulistão, perdendo apenas para os rivais da capital Corinthians e Palmeiras.


Curiosamente, o primeiro título paulista do Mais Querido veio em 1931, quatro anos antes de sua fundação com o nome que carrega até hoje. O São Paulo da Floresta, que tinha em seu elenco o histórico atacante Friedenrich, que conquistou seu último título paulista como jogador, ao lado de Araken Patusca, ex-jogador do Santos.

O Primeiro Ídolo do Mais Querido, Artur Friedenrich

Na década de 40, o Tricolor paulista conquistou cinco títulos paulistas, sendo dois bi campeonatos, nos biênios 45/46 e 48/49. No primeiro título, em 1943, uma história muito famosa da época foi a da moeda cair em pé. Diz ela que pra se definir o campeão paulista era só decidir no cara e coroa, ou seja, entre Palmeiras e Corinthians. Um dirigente são paulino jurou que o time seria campeão e foi alvo de chacota, dizendo-lhe que o SP só seria campeão paulista se a tal moeda caísse em pé. O time foi campeão e na comemoração, a diretoria são paulina fez um carro alegórico com uma moeda em pé como destaque.

Rui, Bauer, Leônidas da Silva, Noronha, Sastre, Mauro Ramos de Oliveira, Teixeirinha e Friaça foram alguns dos craques que conquistaram o bi-bi paulista do tricolor, fazendo da década de 40 a mais vitoriosa do clube com tão pouco tempo de história.

O Diamante Negro no Tricolor

Nos anos 50, mais dois títulos: em 1953 e 1957. Em 1957, o São Paulo com craques como o goleiro José Poy, o lateral direito De Sordi e os meias Canhoteiro e Zizinho em seu elenco, deixou pra trás a máquina santista de Pelé, Pepe, Coutinho, entre outros. Em 37 jogos, a equipe obteve apenas 5 derrotas.

Por conta da construção do Morumbi, o São Paulo ficou 13 anos na fila de títulos, por conta de todos os esforços da diretoria da época serem voltados para o estádio. Assim, em 1970, o estádio Cicero Pompeu de Toledo é finalmente terminado e, com ele, voltaram os títulos.

O Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi

Logo de cara, um bicampeonato paulista, em 70 e 71, regado a craques como o lateral direito uruguaio Pablo Forlan, o zagueiro Roberto Dias, o lateral esquerdo Gilberto Sorriso, os meias  Terto, Gerson e Pedro Rocha e o atacante Toninho Guerreiro como destaques dos campeonatos.

O Canhotinha de Ouro e Tricampeão Mundial com o Brasil, Gerson

Depois, em 1975, o São Paulo tinha em seu elenco o jovem atacante Serginho, o Chulapa, só o maior artilheiro da história do tricolor – e também artilheiro daquele campeonato, com 22 gols, o meia Muricy Ramalho, o lateral direito Nelsinho Baptista e o goleiro Waldir Peres como destaques e, na campanha do título, o time obteve somente duas derrotas.

A década de 80 foi, de longe, a melhor da história do tricolor paulista, pelo menos em matéria de títulos paulistas. Foram 5 no total, sendo mais um bicampeonato, em 1980/81, com Oscar e Dario Pereyra na zaga, Renato Pé Murcho no meio campo e Chulapa e Zé Sérgio no ataque. Em 1985, o São Paulo contou com jovens jogadores como Muller, Silas e Sidney e reforçado por medalhões como Pita, Falcão e Careca, que acabou como artilheiro daquele ano. Estava formado os “Menudos do Morumbi”. Os meninos ainda ganharam o título em 87. Em 1989, Gilmar Rinaldi, Ricardo Rocha, Raí, Bernardo e Mario Tilico.

Os Menudos do Morumbi

No início dos anos 90, sob a batuta do mestre Telê, o São Paulo conquistou mais um bicampeonato paulista, em 1991/92. Esses foram os primeiros da era de ouro do tricolor paulista, que conquistou Brasileiro, bi da Libertadores e bi Mundial. Zetti, Cafu, Ronaldão, Raí, Macedo, Elivelton, Valber, Cafu, Toninho Cerezo e Palhinha foram os destaques das campanhas do bi paulista.

O Eterno ídolo, Raí

Após um jejum de títulos e com a saída de Telê Santana, só em 1998 a equipe voltou a comemorar um paulistão com a volta do ídolo Raí e tendo também como peças-chave os atacantes Denilson e França e o goleiro Rogério Ceni, que vivia somente o seu segundo ano como titular.

No ano 2000, a equipe voltou a vencer um paulistão e com um fato inédito para o futebol brasileiro: o goleiro Rogério Ceni foi o primeiro goleiro brasileiro a fazer um gol numa final de campeonato. E um golaço de falta, no ângulo do goleiro santista Carlos Germano.

O time campeão paulista em 2000
 
Em 2005 o clube conquistou seu último título paulista. E foi o primeiro título daquele ano, que terminou com o clube vencendo a sua terceira Libertadores e seu terceiro Mundial.

O Capitão, com mais de 900 jogos e 20 anos de Tricolor

Em 2010, a equipe chegou a semifinal do paulistão, sendo eliminada pelo Santos, futuro campeão, com show de Neymar e Ganso.


CURIOSIDADES

- 3º Maior Campeão Paulista com 20 títulos.
- Teve como pior campanha um “rebaixamento”, polêmico até hoje, à divisão de acesso do Paulistão em 1990.
- Em 16 oportunidades, terminou o campeonato com um jogador de seu elenco como artilheiro – o último foi Luís Fabiano, o Fabuloso, com 18 gols em 2003.
- Serginho Chulapa, além de ser o maior artilheiro da história do clube, é o maior artilheiro em uma única edição do Paulistão, com 32 gols.

O Maior artilheiro da história do São Paulo Futebol Clube, Serginho Chulapa


TODOS OS TÍTULOS

1931, 1943, 1945/46, 1948/49, 1953, 1957, 1970/71, 1975, 1980/81, 1985, 1987, 1989, 1991/92, 1998, 2000 e 2005.

Amanhã, o campeão do século, a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Até lá

Guilherme de Morais

1 comentários:

Anônimo disse...

Olá, tudo bem pessoal. Ótimas informações sobre o São Paulo. Belo texto. Parabéns pelo blog. Abraços e feliz 2011.

Postar um comentário

 
Paradoxos da Bola | by TNB ©2010