Especial Paulistão Parte 14 - Corinthians

15 de jan. de 2011


Com 25 milhões de torcedores fiéis, o ainda centenário Sport Club Corinthians Paulista é o maior vencedor do campeonato paulista com 26 anos.


E a história do Timão no paulistão começou em 1914, quando venceu o seu primeiro título invicto, e repetiu o feito em 1916. No início dos anos 20, conquistou seu primeiro tricampeonato paulista seguido, em 1922, 1923 e 1924. Em 1922, teve uma importância ainda maior, por conta do centenário da independência do Brasil. Esse primeiro tricampeonato o Corinthians comandou sobre a regência do maestro Neco, atacante do Timão. O primeiro ídolo do Timão também comandou a equipe no segundo tricampeonato paulista, entre 1928, 1929 e 1930.

Neco, o primeiro ídolo do Timão, octacampeão paulista pelo clube

O Time do Povo estava impossível. Conquistou o seu terceiro tricampeonato consecutivo, em 1937, 1938 e 1939 e já despontava como time hegemônico no cenário estadual: em 30 anos de história, já havia conquistado 11 títulos paulistas. Esse terceiro tricampeonato foi conquistado com atuações de destaque do artilheiro Teleco.

Teleco, 5 vezes artilheiro do Paulistão pelo Corinthians.

Conquistou mais um título em 1941, sofrendo um primeiro jejum de dez anos até chegarmos no ano de 1951. Com a famosa linha de frente formada por Claudio Christóvam de Pinho, Baltazar, Luizinho, o Pequeno Polegar, Carbone e Mário. Com 103 gols marcados em uma única edição, o timão foi campeão em 1951. Em 1952, repetiu o feito, mas em 1954 conquistou o seu título mais importante até o momento: com a vitória de 1x0 sobre o rival Palmeiras, o time conquistou o título do IV Centenário da Cidade de São Paulo.


A Equipe campeã do IV Centenário da Cidade de São Paulo, em 1954

23 anos. Esse foi o tempo que o Corinthians ficou sem conquistar nenhum título paulista. Até chegarmos ao dia 13 de outubro de 1977, mais precisamente no estádio do Morumbi. O Timão fez jus ao nome, com jogadores como Zé Maria, Wladimir, Vaguinho, Palhinha e o técnico Brandão. A Ponte não ficava muito atrás, com estrelas como Carlos, Oscar, Polozi, Marco Aurélio, Dicá e Rui Rei. Este último é acusado até hoje de ter facilitado as coisas para o Alvinegro, por ter sido expulso no começo do jogo e dias depois ter assinado contrato com o clube paulista, o que nunca foi provado. Mas foi um outro jogador que entrou pra história do time: o meia Basílio que, depois de um bate-rebate na área, botou a bola no fundo da rede e fez mais de 100 mil torcedores corinthianos festejarem,  chorarem e se emocionarem com o fim de jejum de títulos.

Basílio, o primeiro Pé de Anjo, fez o gol que encerrou o jejum de 23 anos do Timão

O Corinthians voltou a ser campeão paulista em 1979, mas outro time do Corinthians entraria para a história. No começo da década de 80, com a abertura democrática no Brasil, o Timão fez a sua parte e aboliu a concentração. Era o começo da Democracia Corinthiana, chefiado por Sócrates, Casagrande, Zenon e Wladimir. A tática deu certo e o time conquistou o bicampeonato paulista em 1982 e 1983.

A Democracia Corinthiana bicampeã paulista em 1982 e 1983.

Com um gol do jovem atacante Viola, o Corinthians derrotou o Guarani de Neto por 1x0 e conquistou o título paulista em 1988. Sete anos depois, em 1995, um novo Pé de Anjo aterrissava em Parque São Jorge: o meia Marcelinho Carioca, que com um golaço de falta fez um dos gols da vitória sobre o Palmeiras, da era Parmalat.

Marcelinho Carioca, o segundo Pé de Anjo, tetracampeão paulista pelo Corinthians

Em 1997, o time vence o São Paulo de Rogério Ceni e conquista o Paulistão. Em 1999, de novo o maior rival Palmeiras pela frente na final. O Verdão era recém campeão da Libertadores daquele ano e ainda disputava o título paulista com o Corinthians na final. Dois jogaços, até o último terminar 2x2 e o alvinegro ganhar mais um paulista. O destaque daquele jogo foi atacante Edilson, o Capetinha que, para tirar um sarro dos rivais já que o título estava garantido, começou a fazer as famosas embaixadinhas, o que deixou os palmeirenses revoltados e começou uma confusão generalizada, e a partida foi encerrada.

Edílson, o Capetinha, fazendo embaixadinhas para zoar os palmeirenses, em 1999.

No novo milênio, o Corinthians ganha os títulos de 2001, em cima do Botafogo de Ribeirão Preto, e em 2003, em cima do São Paulo. Mas foi em 2009, o seu último que vai merecer um destaque, por conta da contratação do atacante Ronaldo Fenômeno. O camisa 9 jogou demais no Paulistão daquele e garantiu aos alvinegros o seu 26º campeonato paulista.

Ronaldo foi o grande destaque do último título paulista do Timão

CURIOSIDADES

- É o maior vencedor do campeonato paulista, com 26 títulos

- O atacante Neco é o jogador mais vencedor do Corinthians em campeonatos paulistas – ganhou 8, em 1914, 1916, 1922/23/24 e 1928/29/30.

- O atacante Teleco é o jogador que mais vezes foi artilheiro do Paulistão – foram 5, em 1935 (9 gols), 1936 (28 gols), 1937 (15 gols), 1939 (32 gols) e 1941 (26 gols)

- Teleco é ainda o recordista de gols numa única edição do paulista – em 1939, fez 32 gols.

- Em 1951, fez 103 gols num único campeonato paulista.

TODOS OS TÍTULOS

1914, 1916, 1922/23/24, 1928/29/30, 1937/38/39, 1941, 1951/52, 1954, 1977, 1979, 1982/83, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003 e 2009.

Enfim, depois de dias incessantes de pesquisas, encerrou-se o especial Paradoxos sobre o campeonato paulista. O primeiro de muitas novidades que virão durante esse ano de 2011.

Espero que tenham gostado e continuem prestigiando o nosso blog para que ele cresça mais e mais... E hoje já começa o Paulistão, ou seja, acabou a folga e lá vamos nós para a cobertura de mais um campeonato paulista...

Um abraço

Guilherme de Morais e Equipe Paradoxos

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