Limites do jornalismo

19 de fev. de 2011

Até que ponto determinadas ações podem ser feitas em nome jornalismo? Aliás, quais são os limites éticos para exercer a profissão?
Ronaldo recentemente se aposentou. Como justificativa, falou em motivos de saúde - um deles o hipotireoidismo, doença que, segundo o jogador, o impedia de perder peso e cujo tratamento seria considerado dopping (não é bem assim, segundo médicos).
Agora, o jogador é flagrado fumando e ingerindo álcool - e não é a primeira vez.
O tal "flagrante" revela um total descomprometimento do jogador com sua própria saúde. Mas há um porém, que talvez supere o próprio conteúdo da foto acima.
O antigo fenômeno foi fotografado dentro de sua casa, de forma extremamente invasiva. Notem que o fotógrafo burlou um muro e entre as cercas da casa do ex-atleta fez o "flagrante". Isso não é trabalho de fotojornalista. É ação de "papparazzi" dos mais incovenientes e antiéticos que existem. A privacidade do lar é inviolável - salvo em casos de justificado interesse público, o que não é o caso.
Se Ronaldo estivesse em um lugar público fumando e bebendo podemos deduzir sua vontade de ser visto assim, logo, a foto seria um escândalo. Como o fato ocorreu em ambiente privativo, o ex-jogador faz muito bem em processar o "profissional" que o fotografou em tais circunstâncias.

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